Você sabia que um stent coronário pode voltar a obstruir e precisar de novo tratamento?
- Achilles Gustavo
- 30 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de set.
O stent coronário é um dos maiores avanços da cardiologia moderna. Ele funciona como uma “mola” que mantém a artéria aberta após uma angioplastia. Mas, mesmo sendo eficaz, existe uma complicação que pode acontecer em alguns pacientes: a reestenose.
O que é a reestenose do stent?
A reestenose ocorre quando, após meses ou anos do implante, há uma nova obstrução dentro do stent. Isso acontece principalmente devido ao crescimento excessivo de células e tecido cicatricial dentro da artéria, um processo chamado de hiperplasia neo-intimal.
Esse estreitamento pode causar o retorno dos sintomas de angina (dor no peito), falta de ar e até risco de infarto, exigindo reavaliação médica e, muitas vezes, um novo tratamento com outro stent ou cirurgia cardíaca.
Como se diagnostica?
O diagnóstico é feito por meio de exames como:
Teste ergométrico ou cintilografia miocárdica para avaliar isquemia.
Cateterismo cardíaco, que mostra a reobstrução da artéria.
Imagens avançadas, como o ultrassom intracoronário (IVUS) ou a tomografia de coerência óptica (OCT), que permitem analisar o interior do stent com precisão.
Caso clínico ilustrado
Veja abaixo um exemplo em que um paciente com stent previamente implantado voltou a apresentar dor no peito. O cateterismo mostrou reestenose intra-stent e o tratamento foi feito com nova angioplastia e colocação de outros stents para restaurar o fluxo adequado:
Como prevenir?
Hoje, os stents farmacológicos (que liberam medicamentos anti-proliferativos) reduziram bastante a taxa de reestenose em comparação com os stents metálicos convencionais. Ainda assim, a prevenção inc
ui:
Uso correto de medicações antiplaquetárias (como aspirina e clopidogrel).
Controle rigoroso de pressão arterial, diabetes e colesterol.
Parar de fumar e adotar hábitos de vida saudáveis.
Acompanhamento regular com cardiologista.
Embora a reestenose seja uma complicação possível, o avanço da cardiologia e das tecnologias de stents permite que hoje os pacientes tenham opções de tratamento. O mais importante é manter o acompanhamento contínuo, seguir as orientações médicas e agir precocemente diante de sintomas.
👉 Se você já recebeu um stent, saiba que o acompanhamento é tão importante quanto o procedimento em si. Cuide do seu coração !
Dr. Achilles Gustavo da Silva
Cardiologista Intervencionista – CRM 40.202/ RQE 33.646






















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